15/09 - Basel

Sem o Europa-Park, a presença em Estrasburgo ficou esticaaaada...
Passar muito tempo em uma mesma cidade é mais ou menos como passar muito tempo em uma mulher... Em certo momento você já entrou em todos os lugares (ou, no caso, orifícios...) em que valia a pena entrar, e logo se percebe repetindo caminhos e locais. Hoje, então, das duas caminhadas agendadas, uma saiu. Tendo apenas nós dois como únicos inscritos. Aí é foda, parceiro, você já sabe que não vai ter como sumir quando o cara bobear e olhar pro lado, ou sair sem pagar. Ao contrário do guia de ontem, este era fraquinho de conteúdo, falava baixo, e tinha um inglês sofrível. Falou um pouco  e pior, do que já sabíamos, e mais uma coisa ou outra meio engrolada e incompreensível. E levou um pornográfico vintão, compadre... aí machuca....

Passamos a manhã toda hoje, e boa parte da tarde, mesmo depois de chegar a Basiléia, brigando com a chuva. Não inadministravelmente forte, mas suficiente pra te deixar quase tão molhado quanto a Regina Duarte quando pensa no Bolsonaro, e encharcar todo o seu pé. E aí voltar pro hotel, secar tudo com o secador de cabelo, voltar pra rua, e dois quarteirões à frente, já estar com os pés ensopados de novo.
Fomos então desperdiçar a parte do dia em que as coisas estão abertas com a bunda sentada num ônibus, em direção a Basiléia. Viagem longa para uma distância não tão grande assim, porque o trajeto ficava desviando para entrar em cidadezinhas pelo caminho pra pegar outros passageiros, meio pau de arara. Se esta viagem fosse uma bimbada, eu diria que teve preliminares demais.
Suíça é um treco caro, minha virgem santa! Um Dunkin' donut custa 4,20 euros! Após tentar visitar o museu do judaísmo, já fechado, subir em uma torre que, apenas de um monte de gente no terraço, disseram estar fechada para o público, e entrar em um jardim botânico fechado para reformas, descobrimos uma destas coisas fora do batidão, como comprar um ingresso pra um concerto ou algo assim, e que qualificam a viagem e a tornam inopinadamente única e especial:  Uma noite de comédia stand-up, em inglês, absolutamente gratuita. Até fui alvo do assédio tão comum neste tipo de humor, numa piada em que a humorista dava a entender que não me achava atraente. O que me valeu até a simpatia e algo próximo a uma cantada da mocinha sentada à minha frente, e que disse que eu era atraente sim (abençoada seja a miopia!) e comentou  que sua amiga estudava medicina! Cantado por uma universitária, eu, com já mais tempo de formado nas costas do que a idade dela... Mano, como eu estou velho....

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